Podemos dizer que Dying Light nasceu do sucesso de Dead Island, já que a Techland foi o estúdio responsável por desenvolver o game da Deep Silver
e dar vida aos zumbis (?) em um mundo aberto bem diferente do que
estávamos acostumados, com armas que você criava com o que encontrava no
cenário. A Techland tomou gosto pela coisa, resolveu trabalhar por conta própria em seu próprio jogo, e nasceu o excelente Dying Light. Agora, temos a versão melhorada e uma nova expansão,
que chegam pra confirmar a qualidade do jogo e do universo que a Techland vem criando e melhorando a todo momento.
O jogo conta com uma estrutura semelhante a Dead Island, mas infinitamente melhor por contar com movimentos baseados em Parkour e não ter tantos defeitos e bugs como Dead Island. O jogo fez tanto sucesso no ano passado que ganhou diversos prêmios e a Techland deu um exemplo de respeito ao consumidor durante todo o ano desenvolvendo novos conteúdos para Dying Light,
tanto gratuitos quanto pagos. Então, veio a ideia de criar uma nova
área e um DLC, que por fim se tornou algo tão grande que virou uma
expansão e a versão melhorada do jogo, com Dying Light: The Following – Enhanced Edition.
O que esperar da versão Enhanced?
A versão “normal” de Dying Light,
lançada no ano passado, fez muito barulho de forma merecida, com uma
jogabilidade empolgante, cheio de formas de customizar suas armas e
criar novos itens, fazendo da exploração uma peça chave do game. Com o
lançamento da versão Enhanced, a Techland
entrega o mesmo jogo do ano passado com gráficos melhorados (apesar dos
problemas de desempenho encontrados nos consoles logo no lançamento e
consertados rapidamente com um patch), nova AI para os inimigos, mais ataques e movimentos de Parkour, armas, criações, um novo sistema de recompensas e todo o conteúdo lançado durante o ano de 2015, tudo no mesmo pacote.
O mais legal de tudo é que quem comprou a versão do ano passado recebeu a Enhanced Edition de forma gratuita, através de um patch. A Techland segue mais ou menos a mesma linha da CD Projekt Red, mostando grande respeito com seu consumidor e fazendo Dying Light um jogo melhor a cada nova atualização ou conteúdo. Então, a versão Enhanced agora é a única disponível nas lojas digitais.
O que se passa em The Following?
Dying Light: The Following é o novo pacote de conteúdo para Dying Light e já vem incluído na versão Enhanced Edition.
A expansão traz uma nova história, se passando logo após os
acontecimentos do jogo principal. O mundo ainda se encontra em meio a um
apocalipse zumbi e o foco continua em Kyle Crane em Harran, mas através
de um desconhecido que aparece bastante machucado no acampamentos dos
sobreviventes, eles ficam sabendo de uma nova região em Harran que possui outras pessoas, capazes de sobreviver mesmo quando são mordidas pelos zumbis.
Então, Crane
parte em busca de descobrir qual é o segredo desta região, através de
um novo caminhos nos esgotos ensinado pelo desconhecido que leva até uma
área rural totalmente nova em Dying Light. Lá, ele encontra uma espécie de culto dos “Sem Rostos”
e precisa agradar os habitantes do local para aumentar a confiança
deles e demonstrar que você também tem fé no que os Sem Rostos pregam, e
então conseguir saber cada vez mais sobre seus segredos. Apenas dessa
forma Crane poderá levar algum tipo de esperança de volta para a cidade de Harran.
Poucos saltos e mais gasolina
Nesta nova área rural, os prédios dão lugar a fazendas e espaços enormes e abertos, o que não é favorável para Crane se esconder ou enfrentar a zumbizada. Mas o grande chamativo de The Following aparece logo após alguns minutos jogando a expansão: um buggy.
Sim, ao invés de usar suas habilidades de “runner” e movimentos de parkour, Crane agora terá que dar uma de motorista, e por incrível que pareça, se pensarmos no fato de que Dying Light
é um jogo de ação sem nenhum tipo de foco em veículos, ver que na
expansão esse é um dos destaques da jogabilidade é algo que chega a ser
surpreendente. Se antes eu já via uma pequena semelhança no formato da
jogabilidade de Dying Light com Far Cry (guardadas as devidas proporções do uso de armas de fogo no jogo da Ubisoft que são muito mais evidentes), com The Following eu vejo ainda mais quando estamos dirigindo o buggy. E a jogabilidade é realmente muito boa no veículo, mostrando que a Techland realmente trabalhou firme para trazer uma experiência diferente em The Following, fazendo jus a existência da expansão.
Complexo de Office Boy
Com o
mundo aberto sem muitas construções, o uso do buggy é constante para se
locomover, pois andar a pé em meio aos zumbis não é algo inteligente.
Mas alguns problemas que vemos em jogos de mundo aberto persistem, como o
“complexo de office boy”. Kyle Crane é um
sobrevivente, tem diversas habilidades, mas parece que muitas das
missões precisam que ele esteja nos lugares certos e na hora certa para
fazer atividades que outros poderiam fazer, ou entregar / pegar itens.
Mas é como ele mesmo diz: “Eu to aqui pra ajudar”, e ele precisa se
envolver na rotina dos moradores para conquistar a confiança de todos.
Isso não
atrapalha a jogabilidade, mas vai te fazer dirigir bastante pelo
cenário, gerando a necessidade de encontrar mais gasolina nos veículos
parados e abandonados na cidade para conseguir encher o tanque do seu
buggy e encontrar mais peças para melhorar o veículo. Sem isso, uma hora
ou outra ele pode ficar muito fraco e, apesar de não quebrar
necessariamente, pode te atrapalhar a escapar dos infectados que são
mais rápidos e que conseguem alcançar o buggy apenas correndo.
Explore o máximo que puder
Assim como no jogo “normal”, a exploração é um dos grandes trunfos de Dying Light.
Com um cenário vivo, cheio de locais novos para se descobrir, cada nova
instalação ou entrada pode esconder alguma missão cheia de recompensas.
As side quests continuam muito interessantes e totalmente ligadas com a
história principal, além de bastante variadas. A repetição vem da
necessidade de ficar dirigindo pra lá e pra cá, mas poder atropelar os
zumbis que ficam no meio da rua garante a satisfação do jogador durante
os percursos.
A noite
continua sendo uma grande inimiga, mas é nesse período que você pode
conseguir ótimos itens para customizar suas armas e equipamentos, além
do próprio buggy. Os voláteis continuam a espreita, mas você tem a
oportunidade de acabar com sua população atacando os ninhos que eles
controem. Mas para isso, é preciso encontrar essas localidades e
enfrentá-los de dia, em ambientes que são muito mais favoráveis a eles
do que para você. Caso obtenha sucesso, será mais seguro andar a noite e
mais fácil conseguir itens raros porque a quantidade de Voláteis irá
diminuir.
Uma verdadeira expansão
The Following adiciona conteúdo suficiente para agradar a todos que jogaram e gostaram de Dying Light com grandes novidades e uma história totalmente nova. Quem nunca jogou o game só não pode começar direto em The Following
por conta do level, que o próprio jogo indica que seja no mínimo o
level 12. Mas se não fosse por isso, daria pra começar diretamente da
expansão.
É legal também que tudo que você fez em Dying Light é levado para The Following,
e vice-versa, caso você não tenha terminado a campanha e deseje mesmo
assim começar a expansão. Com os gráficos melhorados da edição Enhanced e
todos os conteúdos novos, The Following é uma verdadeira expansão e faz jus a qualidade de Dying Light.
Dying Light: The Following ou a versão Enhanced Edition
é um game obrigatório pra quem gosta de jogos de zumbis por ser,
possivelmente, o melhor deles. A ambientação, jogabilidade, perigos que
os mapas possuem pro jogador e a quantidade absurda de modificações possíveis,
criam um jogo altamente versátil e cheio de possibilidades. Como a
atualização com as melhorias é gratuita, caso você tenha jogado Dying Light verá no DLC pago The Following uma bela oportunidade pra retornar até Harran e viver novas aventuras com Kyle Crane sem se arrepender. Se você nunca jogou Dying Light
e gosta do tema, é a chance de pegar um jogo ainda melhor e mais
polido, lotado de conteúdo para mais de 50 horas de jogatina e ainda com
possibilidade de chamar um amigo pra andar na garupa do seu buggy no
modo coop, outro grande atrativo de The Following.
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